Modificação da quitina a partir de resíduos de camarão para geração de novos materiais
Autor: Victor Ramon Mendonça Leite (Currículo Lattes)
Resumo
O presente trabalho desenvolveu novos materiais a partir de biomateriais extraídos de resíduos de camarão com misturas de solventes, ADT1 e ADT4. Os biomateriais resíduos brutos (RB), resíduos desmineralizado (RDM), resíduos desproteinado (RDP) e quitina (QUI) extraídos dos resíduos de camarão contêm aproximadamente em sua composição 29,0%, 37,0%, 69,0% e 73,0% de alfa-quitina, respectivamente. Os solventes determinados após os testes de intumescimento/inchamento de QUI foram o ácidos acético (HOAc), o glicerol (GLI) e água destilada (H2O). As mistura de solventes determinados após os testes da capacidade de solubilização da QUI contêm a proporção 1:1 v/v de solventes, no caso para o ADT1 com HOAc (PA) e GLI (PA) e para ADT4 com HOAc (1%) e GLI (PA), obtendo novos materiais homogêneos (HO) após agitação magnética por 48h a temperatura ambiente (25±2°C) e estáveis (ES) após o período em repouso de 24h. Os novos materiais foram obtidos nas concentrações de 2% m/v, 4% m/v, 6% m/v, 10% m/v e 20% m/v e classificados de acordo com os procedimentos, em classes A (géis e pastas), classe B após tratamentos térmicos em estufa (géis, em pó, pastas e filmes). Os novos materiais foram caracterizados por análises espectroscópicas (FTIR, 13C-RMN e DRX), análises térmicas (TGA e DSC) e caracterização morfológica (MEV). Foi possível identificar as modificações da quitina pela redução da cristalinidade (IC) com o enxerto e adição de componentes dos solventes entre e dentro da estrutura macromolecular da QUI, assim como os perfis térmicos em TGA e DSC apresentando picos endotérmicos adicionais e adiantamento de picos exotérmicos adicionais em comparação aos encontrados no biomateriais. A metodologia e o sistema de solubilização desenvolvido neste trabalho utiliza solventes que estão de acordo com as diretrizes da Química Verde para a solubilização e modificação da alfa-quitina.