Fracionamento químico de Fe, Mn, Cu e Mg em café torrado e moído comercial : avaliação de amostras originárias de cultivo convencional e orgânico
Autor: João Batista dos Santos Espinelli Junior (Currículo Lattes)
Resumo
Este trabalho fundamentou-se na aplicação de diferentes métodos propostos na literatura científica para fins de extrações semi seletivas de compostos de baixa massa molar, lipídios, alta massa molar e ácidos orgânicos, presentes em grãos de café comerciais torrados e moídos, originários de sistemas de cultivo convencionais e orgânicos, tendo o objetivo de identificar o perfil dos minerais associados a essas frações, bem como a influência do cultivo nessas associações. Para todos os nutrientes foram obtidos valores de desempenho analítico que permitiram que o fracionamento fosse realizado de forma satisfatória. O experimento inicial correlacionou a solubilidade do Mg com o fracionamento do Mg e do P e como estes estão sendo influenciados pelo sistema de cultivo. Os resultados indicaram que espécies de fósforo aparentemente influenciam na solubilidade de Mg e a interação entre esses elementos é influenciada pelo cultivo. Os fracionamentos indicaram comportamento diferente entre os analitos Cu, Fe e Mn. O fracionamento químico do Fe identificou sua associação com compostos de baixa massa molar (40,8 ± 15,8% mm-1), lipídios (61,1 ± 22,7% mm-1), alta massa molar (23,7 ± 9,4% mm-1) e ácidos orgânicos (5,5 ± 2,2% mm-1). O fracionamento químico do Mn identificou sua associação com compostos de baixa massa molar (8,3 ± 3,9% mm-1), lipídios (52,0 ± 12,4 mm-1), alta massa molar (12,8 ± 4,5 mm-1) e ácidos orgânicos (30,1 ± 11,2% mm-1). O fracionamento químico do Cu identificou sua associação com compostos de baixa massa molar (94,7 ± 28,3% mm-1), lipídios (58,3 ± 9,9% mm-1), alta massa molar (12,6 ± 5,3% mm-1) e ácidos orgânicos (6,2 ± 4,1% mm-1). A relação entre a fração solúvel e as frações determinadas foi diferente para cada elemento. Os sistemas de cultivo se mostram como potenciais influenciadores sobre o mecanismo de acumulo mineral, observado pela ação sinérgica entre absorção dos minerais do solo e metabolismo vegetal.