Utilização de Esponja de Quitosana para remoção de petróleo e óleo lubrificante usado em sistema aquoso
Autor: Rômulo Henrique Batista de Farias (Currículo Lattes)
Resumo
O petróleo e seus derivados como óleos lubrificantes usados (OLUS) representam um risco para o ambiente e para a saúde humana quando presentes em meios aquáticos, sejam oriundos de derramamentos ou descarte inadequado. Desta forma torna-se relevante o desenvolvimento de materiais que possam remover de forma eficiente estes hidrocarbonetos tóxicos de diferentes meios aquáticos (doces e salgados). A utilização do biopolímero quitosana para a remoção destes contaminantes torna-se interessante pois este material vem sendo usado como base para o desenvolvimento de materiais aplicados em diferentes áreas do conhecimento. Este material é biodegradável, biocompatível e não tóxica, além de possuir uma versatilidade que permite sua produção em diferentes formas estruturais como filmes, fibras, esferas e esponjas. Nesse trabalho foi produzida uma esponja de quitosana com estrutura megaporosa. Este material foi caracterizado quanto ao grau de desacetilação, massa molar e umidade, além das técnicas de DSC, FTIR, MEV, TGA-DTG e DRX. Posteriormente a esponja foi utilizada para remover petróleo e óleo lubrificante em meio aquoso. A esponja foi capaz de remover, no seu primeiro uso, 99% do petróleo e do OLU e no reuso uma média de 88% de remoção do petróleo e 89% do OLU. Apresentou uma capacidade de remoção variando entre 4,97 g/g a 5,6 g/g. A remoção aconteceu em 10 minutos. Os ensaios de reuso mostraram que as esponjas foram capazes de serem reutilizadas por pelo menos 7 vezes para ambos os poluentes.