Dissertação - Alan Carlos de Almeida

AMOSTRAGEM PASSIVA COMO FERRAMENTA DE AVALIAÇÃO DE MICROCONTAMINANTES ORGÂNICOS NA COLUNA DE ÁGUA NO ESTUÁRIO DE SANTOS (SP)

Autor: Alan Carlos de Almeida (Currículo Lattes)

Resumo

Atividades portuárias são fontes relevantes de compostos organoestânicos (COEs), liberando esses contaminantes diretamente no ambiente aquático. Além da investigação em organismos vivos e sedimentos, é crucial estudar a coluna de água, o principal compartimento de entrada. Nesse contexto, a amostragem passiva foi empregada com o objetivo de analisar COEs pela primeira vez no estuário de Santos, utilizando a borracha J-FLEX®, que foi otimizada, validada em laboratório e testada no local. A validação abordou parâmetros como limite de detecção, quantificação, exatidão, precisão, linearidade e efeito matriz. A metodologia demonstrou uma linearidade, com um coeficiente de determinação da regressão (R2) em torno de 0,99. A exatidão foi avaliada em três concentrações distintas (5, 100 e 500 ng mL-1), resultando em uma recuperação de 70% a 107% para os COEs. A precisão, avaliada pelo coeficiente de variação, variou entre 1,66% e 12,8% (N = 3), com LD e LQ entre 12,8 e 284,4 pg Sn L-1, respectivamente. O efeito da matriz foi de -16,8; -13,2; 4,5; -14,7; 11,7; 69,4; -16,2 % para MBT, DBT, TBT, MPhT, DPhT, TPhT e TPrT, respectivamente. Além disso, o estudo visou determinar os coeficientes de partição entre as borrachas e os analitos (Ksr,w), que foi de 3,37; 3,70; 4,17; 3,49; 3,83; 4,22 para DBT, MBT, TBT, MPhT, DPhT e TPhT, respectivamente. A taxa de amostragem variou entre 5,0 e 11,8 L d-1, e o grau de equilíbrio foi alcançado em todos os amostradores durante a coleta. As amostras foram coletadas na entrada do canal do porto de Santos (SP) em intervalos de aproximadamente 45 dias, totalizando 8 coletas entre agosto de 2021 e agosto de 2022. As concentrações livremente dissolvidas variaram entre 126,4 e 707,7 pg Sn L-1 para TBT, de 387,6a 4688,5 pg Sn L-1 para DBT e de 1133,7 a 2518,7 pg Sn L-1 para MBT, tendo ficado abaixo do limite de detecção para MPhT, DPhT e TPhT. Os resultados da validação compravam que a borracha J-FLEX® é eficaz para avaliar compostos organoestânicos (COEs) na coluna d'água, tendo atendido às normas estabelecidas.

TEXTO COMPLETO

 

Palavras-chave:Borracha de siliconeAmostrador passivoOrganoestânciosFração aquosaValidação