INTERAÇÕES AMBIENTAIS ENTRE ÁGUA SUBTERRÂNEA, NUTRIENTES INORGÂNICOS E BIOMASSA DE CLOROFILA-A EM PRAIA DISSIPATIVA (RIO GRANDE-RS)
Autor: Any Cartagena Pimenta Barroncas (Currículo Lattes)
Resumo
O objetivo deste estudo foi identificar e caracterizar a atividade de radônio associada à Descarga de Água Subterrânea (DAS) no Farol do Sarita, assim como estimar a influência dos nutrientes inorgânicos (nitrato, nitrito, concentração amoniacal total e silicato) e as alterações de parâmetros físico-químicos (temperatura, oxigênio dissolvido, salinidade, pH, cor, turbidez e condutividade), associados a DAS. Também, relacionou-se a DAS às alterações do sistema carbonato e ao crescimento de fitoplâncton e acúmulo de clorofila-a. Os resultados revelaram que a atividade de radônio apresentou máximas de 25,31 dpm L-1, e uma distribuição inversamente proporcional à distância do litoral (próximo à agua subterrânea e fonte) para o oceano. Nutrientes: nitrato, nitrogênio amoniacal, nitrito (570, 11,47, 8,14 μmol L-1, respectivamente), oxigênio (9,6 mg L-1) e silicatos (148,45 μmol L-1) foram considerados dentro das expectativas de aporte de DAS, particularmente os nutrientes. A clorofila-a teve máxima de 6,44 μg L-1, associada à diatomácea mais abundante Asterionellopsis guyunusae, após passagem de frente fria. O sistema carbonato contribuiu com um máximo de pCO2 de 915±54 μatm. Esses resultados realçam uma certa relevância quantitativa de DAS ao longo do litoral do sul do Brasil.